2.27.2005

Fada


Tentação sublime,
Fogo desperto num rosto sem sombras,
Dá-me uma razão p'ra te seguir
E tudo o que sou terminará:
Não esqueças os que te vivem,
Apaixonados pelo desprezo...

2.26.2005


Esta vista de mar, solitariamente,
dói-me. Apenas dois mares,
dois sóis, duas luas
me dariam riso e bálsamo.
A arte da natureza pede
o amor em dois olhares. (Hasse Brandão)

2.25.2005


Correr sim, mas para onde?... Posted by Hello

This fire (Franz Ferdinand)

Eyes
Boring a way through me
Paralyse
Controlling completely
Now
There is a fire in me
Fire that burns
Fire that burns

This fire is out of control
I'm going to burn this city
Burn this city
If this fire is out of control
Then I
I'm out of control and I burn

Eyes
Burning a way to me
Overwhelm
Destroying so sweetly
Now
There is a fire in me
Fire that burns
Fire that burns

This fire...


Franz Ferdinand
Recente aquisição: fã instantâneo Posted by Hello

2.24.2005


Who am I? Posted by Hello


Um homem contemplando o futuro Posted by Hello

Mudanças

Nos últimos tempos penso muitos vezes em ser diferente. Nem sequer por uma razão específica, mas talvez geral: mudar só para mudar. Estar bem onde não estou, como diz aquela música, procurar algo nesta vida que nos confronte, para lá do dia-a-dia, a ambição de viver...neste momento não vivo, vou vivendo. Aqui a questão é que não estou contente em estar parado. E muitas vezes quero mudar...por mudar. A verdade é que nestas tempestades de inquietude falha-me o essencial, o que realmente me deveria importar. Alguma coisa que deveria permanecer para além da espuma dos dias, para além das batalhas vencidas, ou por vencer, que deveria acompanhar todos os segundos da minha vida, como um leme. Por muito perdido que esteja, terei sempre um porto de abrigo...Agora não posso é esqucê-lo nos momentos em que é difícil parar e reflectir.

2.20.2005

Sentimentos incontroláveis

Sou um homem emotivo. Sei que não o aparento. As pessoas que me conhecem superficialmente pensam em mim como alguém controlado, que pensa antes de fazer, calmo e ponderado, talvez até rígido. É a ideia que tenho. Mas a verdade é que não conheço ninguém tão ligado aos sentimentos como eu, que chegam a ser quase primários e incontroláveis. E isso implica o seguinte: há pessoas que só a visão aparente do meu encontro com elas provoca-me um nó na barriga, uns suores frios e uma vontade de evitar esse encontro que chega a raiar o espírito de um animal. Há alguns seres que me provocam isto, e até sei as razões objectivas para isso: mas a questão que pondero neste momento é se deixo as coisas continuarem assim, ou se tento dar uma volta a isso. Porque se tentar dar uma volta a isso renego quem eu sou (e fecho os olhos a coisas que eu não posso perdoar), e se deixar as coisas como estão estou sempre em fuga do presente, deixo-me derrotar pelas situações.

2.13.2005

Destino

E aqui estou a pensar nisto de novo. Destino. Muita gente o culpa. É o destino, foi por isso que aconteceu. Eu não posso, nem quero acreditar no destino. Acredito na liberdade até à eternidade, acredito na eternidade. Tem tudo a ver com escolhas, com as minhas escolhas, com as dos outros...misturas todas elas umas com as outras e dá a realidade. Tudo o que acontece, se não tem a ver com escolhas, com gostos, com o facto de uma pessoa pensar ou não em fazer uma coisa, em fazê-lo mesmo, etc...sim, sou um defensor do acaso, do complexo, não dá para acreditar no destino. Como explicar então a nossa liberdade de escolha?

Carregar baterias

Para mim, todos os fins-de-semana estão cada vez mais a servir apenas para isso. Dantes, era uma festa: sexta, sábado e domingo era para não estar a descansar, era para o passeio, para a dança, para tudo o que dissesse diversão. Nos últimos tempos, tem sido quase desesperante a falta de tempo que tenho, ou pelo menos que sinto que tenho, para descansar. O meu único objectivo é ter uma segunda-feira normal, e não uma daquelas segundas em que eu só tinha energia para me levantar da cama, ir para o trabalho e lá ficar, não me lembrando no fim do dia do que se tinha passado...transportado para outra dimensão. Aqui a questão, é que no último ano, desde Fevereiro de 2004, me tem falatado motivação para um único fim-de-semana de diversão. Será sinal dos tempos a passarem? 25 anos já pesam, e todos os dias mais...

2.10.2005

Dia-a-dia no trabalho

Pois é! Sem trabalho não há dinheiro. Por muito que se possa gostar do que se faz, tenho sempre algo que me impede de estar no trabalho de uma forma calma. Ou são trabalhos sucessivos para entregar ao mesmo tempo, ou é erros que têm de ser solucionados de repente, ou é apenas um trabalho que tem de ser entregue num dia, mas que esse dia é o de hoje (e precisamos de muito tempo para o acabar). Agora com as eleições vou ter um desses trabalhos: voto electrónico. Vai ser mesmo para acabar ontem...não tenho problemas com isso, mas tenho a certeza que me vão entregar o ficheiro para eu trabalhar para aí às 16h, como nas eleições europeias...é assim, existem pessoas com responsabilidade, e há as pessoas com a culpa. De qualquer forma, não posso apontar nenhum dedo: é e será sempre assim, portanto se não resolve, não vale a pena criar um problema com outra pessoa.

2.05.2005

Intimidades

Quase tudo na minha vida é excessivo. Todo o meu carinho, calor, amor e dedicação foram sempre demais...nunca houve ninguém que me tivesse dito que o que é demais não enjoa. E o pior é que a minha felicidade se resume apenas às minhas relações pessoais...se correr tudo bem nesse aspecto, as outras coisas são influenciadas de forma positiva...se correrem mal, de forma negativa. Mas tudo isto não quer dizer que eu seja precipitado, ou impulsivo...não é verdade. Sempre tive bastante paciência, bastante tempo para estar à espera de uma resposta...sempre com esperança, claro. Sou lento, mas determinado. O problema é que estou a chegar à conclusão que nada ganho com a minha atitude carinhosa e cheia de afecto...parece que as afasto...é uma coisa que não consigo entender...porque todo eu sou motivado pelas emoções, as minhas atitudes tem como fim as pessoas que gosto...mas no fim apenas eu fico dependente das relações que mantenho. Fico demasiado envolvido...até um ponto onde já não há retorno possível. Foi isto que me aconteceu...fiquei demasiado dependente de uma rapariga...agora, mesmo eu sabendo que tudo isso já é passado...não consigo esquecer...nem olhar para outras raparigas, porque tenho medo de ficar outra vez dependente...este é um problema para o qual não tenho solução...

Liberdades

A minha intenção aqui é escrever de forma a eu ter um escape. Mesmo que não os consiga expressar muito claramente, todos os meus posts serão sobre pensamentos meus, porque eu assim o quero. Não será em diário, nem sequer descritivo em pormenor, poderá até ser confuso, como as ruas de Alfama e Mouraria. Mas os nossos sentimentos são assim, confusos, nunca se processam de uma forma linear...sobretudo os meus, que são mais impulsionados pela emoção do que pela razão. Assim, espero contribuir para este pressuposto o maior número de vezes, de forma ao meu escape ser maior.