3.16.2006

A palavra que custa dizer

Na imensidade de pensamentos que contínua e inevitavelmente me martirizam à noite, antes dos sonhos, e das loucuras adquiridas pela certeza de não realização, ou a história da grandeza dos desejos impossíveis, nada mais a não ser uma coisa me desmoraliza nesse mundo de fantasia. A dor que obtenho quando aterro em voo picado. Não porque consiga mascarar o facto de ser alguém que se adia indefinidamente. Mas porque a distância entre o que se obtém e o que se procura atingir nessa espécie de bruma desafiadora é um abismo existencial. Estar tão atrás do que se quer obter. Naufrágio no meio do oceano.


3.15.2006

Colisão


Gostei do Crash. Não falando da suposta polémica sobre ter ganho o óscar de melhor filme pelo facto de Brokeback Mountain ser um filme desafiador de status quo, até porque ainda não consegui ver, creio que é um filme sobretudo intenso. Muita gente diz que não é intenso, é sobretudo bonitinho, perfeitinho, todas as peças encaixam, não há nada de desafiador. Ok, até posso concordar com isso, mas...para um cinema de qualidade é preciso romper sempre com determinado tipo de barreiras? Tem de necessariamente surpreender-nos em qualquer coisa de mirabolante? Pode acontecer mas também pode não acontecer. E na verdade este filme, apesar de tudo encaixar no sítio correspondente, foi uma pedrada no charco para mim. O facto de a temática ser a mesma em várias histórias não implica que haja apenas um momento de climax emocional, como na maior parte dos filmes. Há vários momentos sucessivos, o para mim foi uma novidade interessante.E outra coisa qe gostei bastante. L.A. pode mesmo ser um sitío qualquer ocidental. Ver o que se passou recentemente em França. Apesar de se passar em L.A. não foi por isso de certeza que ganhou o óscar de melhor filme.

Novidades

Há fases que se atravessam que realmente parecem não ter saída. Há que arranjá-la. Creio tê-lo feito. Novos desafios implicam nova energia e nova atitude.