11.03.2005
Sempre ausente
É o título de uma música do António Variações. É das músicas que mais gosto de ouvir.
diz-me que solidão é essa
que te põe a falar sozinho
diz-me que conversa
estás a ter contigo
diz-me que desprezo é esse
que não olhas p'ra quem quer que seja
ou pensas que não existe
ninguém que te veja
que viagem é essa
que te diriges em todos os sentidos
andas em busca dos sonhos perdidos
lá vai o maluco
lá vai o demente
lá vai ele a passar
assim te chama toda essa gente
mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar
diz-me que loucura é essa
que te veste de fantasia
diz-me que te liberta
de vida vazia
diz-me que distância é essa
que levas no teu olhar
que ânsia e que pressa
que queres alcançar
que viagem é essa
que te diriges em todos os sentidos
andas em busca dos sonhos perdidos
lá vai o maluco
lá vai o demente
lá vai ele a passar
assim te chama toda essa gente
mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar
mas eu estou sempre ausente e não me conseguem alcançar
Gosto de a ouvir por várias razões. Uma delas porque me identifica. Em todos os versos, palavras e letras. Depois pela particularidade de estar a falar dele mesmo como se fosse outra pessoa. Essa espécie de imagem criada, teatro permanente, acção desconcertada também me identifica um pouco. A verdade é que também me sinto à parte, diferente dos outros, com uma dificuldade muito grande de identificação, tanto minha como dos outros. Também o sentido permanente de que falta algo, de que alguma coisa está errada...
diz-me que solidão é essa
que te põe a falar sozinho
diz-me que conversa
estás a ter contigo
diz-me que desprezo é esse
que não olhas p'ra quem quer que seja
ou pensas que não existe
ninguém que te veja
que viagem é essa
que te diriges em todos os sentidos
andas em busca dos sonhos perdidos
lá vai o maluco
lá vai o demente
lá vai ele a passar
assim te chama toda essa gente
mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar
diz-me que loucura é essa
que te veste de fantasia
diz-me que te liberta
de vida vazia
diz-me que distância é essa
que levas no teu olhar
que ânsia e que pressa
que queres alcançar
que viagem é essa
que te diriges em todos os sentidos
andas em busca dos sonhos perdidos
lá vai o maluco
lá vai o demente
lá vai ele a passar
assim te chama toda essa gente
mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar
mas eu estou sempre ausente e não me conseguem alcançar
Gosto de a ouvir por várias razões. Uma delas porque me identifica. Em todos os versos, palavras e letras. Depois pela particularidade de estar a falar dele mesmo como se fosse outra pessoa. Essa espécie de imagem criada, teatro permanente, acção desconcertada também me identifica um pouco. A verdade é que também me sinto à parte, diferente dos outros, com uma dificuldade muito grande de identificação, tanto minha como dos outros. Também o sentido permanente de que falta algo, de que alguma coisa está errada...