5.04.2005

DOGMAS

Tenho lido em muitos sítios um conceito errado de dogma e de ortodoxia católica, como se para nos considerarmos católicos tivessemos de ter uma opinião exactamente igual a todos os outros católicos, de uma ponta à outra, sem tirar nem pôr. A primeira questão é que no catolicismo existem vários dogmas, mas nem tudo o que é opinião do bispo, do cardeal e inclusivé do papa, é dogma. Tem havido uma confusão evidente até entre os católicos, indicando-me muitos que, por exemplo, se deve concordar com qualquer papa, com qualquer opinião dele, com prejuízo de não nos podermos considerar católicos. É falso. Se não concordarmos com os dogmas católicos sim, não nos devemos considerar católicos. Mas a escolha de um papa não é um dogma, nem as suas opiniões e decisões são dogmas. Posso concordar com todos os dogmas por isso ser católico e ter uma opinião teológica diferente em aspectos não dogmáticos. A maior parte dos dogmas estão no Credo. Mais tarde decisões tomadas a coberto da infalibilidade papal (que ao contrário do que quase toda a gente pensa não é permanente, basta lembrar que a última decisão tomada desta forma foi do papa Pio XII para criar o dogma da Assunção de Maria) foram acrescentadas à lista dogmática, como por exemplo a Imaculada Conceição de Maria.

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