6.05.2006

Loucura interdita

Saber o que as outras pessoas pensam seria altamente dramático. Nem sempre a verdade liberta. Não estar preparado para enfrentar a realidade e encará-la de frente faz com que os pilares da vida quotidiana abanem e que muito provavelmenta caiam. E dai talvez não haver o sentido do anormal e do diferente nas pessoas. Coloca-se de parte tudo aquilo que nos escancara para o nosso próprio interior, e que não queremos saber. O salto para a loucura até seja apenas um mero passo. Até porventura o mais sonhador de nós seja o que mais rapidamente se destaca como génio. Se for aceitável no código que todos os dias lançamos em julgamento uns contra os outros, é elevado a estrela divina. Se porventura calha a desviar-se da aparência que gostaríamos de constatar está condenado a viver como um excomungado da tribo. O que vale realmente a pena nesta vida é tudo o que não tem a ver com esta vida, por assim dizer. Quem consegue encarar tudo o que acontece com o devido valor e voltar intacto e sem traumas? Não vivemos esta vida. Vivemos a sua aparência, pois de outra forma teríamos de começar o caos que a sociedade seria.